domingo, 26 de setembro de 2010

Alunos de Inclusão

Propostas para trabalhar com Alunos de Inclusão*


Aplicação de Jogos Lúdico-Educativos em uma Itinerância educativa realizada em Escola Pública - 02/11/2008

Há diferentes maneiras e caminhos a serem percorridos para que todos os alunos, independente de suas necessidades especiais (físicas ou dificuldades de conexão de habilidades cognitivas) possam participar. Trabalho em uma pequena escola particular de bairro onde é referência com alunos de inclusão. Quase metade de seus alunos apresentam alguma dificuldade: Síndrome de Down, Asperger, pequenos graus de autismos, TDA/TDAH (transtorno de déficit de atenção com e sem hiperatividade), dislexias, entre outros. Os professores têm a liberdade de planejarem suas próprias metodologias de ensino. Eu, como professor de Ciências (5º a 8º série), comecei a incluir eles desde os processos mais primordiais de uma aula: a leitura, as atividades e a resolução de exercícios são feitas em grupo. Os trabalhos propostos para eles realizarem exigem diferentes habilidades cognitivas, o que facilita a participação de todos os alunos. Todos os educandos pesquisam os temas, elaboram cartazes, entregam o trabalho escrito à mão, fazem a apresentação para a sala. Pedir para que eles troquem cartas entre eles explicando o que tem aprendido da matéria é uma forma divertida deles apresentarem o grau de entendimento dos assuntos abordados. A atividade lúdica é bem trabalhada no âmbito escolar: realizamos dinâmicas, levo e crio simples jogos educativos, fazemos pequenos projetos com materiais de fácil acesso - tudo isso sem fugir da proposta do conteúdo a ser ensinado. Exigir trabalhos criativos deles, como elaborar gibis, folders, flyer, criação de jogos educativos também facilita as crianças aprenderem de uma forma menos “cansativa” e incentiva a interação entre elas. Realizamos debates em sala de aula, levo músicas, trechos de filmes e documentários para posteriores "interpretações e impressões". Prezo pela participação de todos os alunos. Também acredito que a utilização de alguns métodos psicanalíticos e enaltecer a importância da religião, sutilmentemente, podem ajudar e muito o aprendizado e a convivência entre todos. Porém, há um grande detalhe onde leciono: as salas de aulas têm poucos alunos. A 5º série tem 10 crianças, as demais séries (6 a 8º série) têm apenas 5 estudantes por turma. Trabalhar com pequenos grupos e poder se relacionar diretamente com eles fazem toda a diferença. Lecionar aulas para salas numerosas nas escolas públicas estaduais no próximo ano será um grande desafio.

Vanderson Cristiano de Sousa
*texto produzido para o  Curso de Formação de Professores do Estado de São Paulo.

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